byGicel

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

A ÁRVORE QUE DAVA DINHEIRO

Vendo-se apertado com a falta de dinheiro e não querendo ter arenga com o dono da pensão, Malasarte saiu bem cedo naquela manhã, para ganhar a vida. Arranjou com o vendedor de mel de jataí um bocado de cera; trocou na mercearia de Seu Joaquim a única nota de dinheiro que lhe sobrara, por algumas de moedas de vintém e caiu na estrada. Caminhou por obra de uma légua ou mais, quando avistou uma árvore na beira da estrada. Chegando ao pé da árvore, parou e pôs-se a pregar os vinténs à folhagem com a cera que arranjara. 
Não demorou muito, deu de aparecer na estrada um boiadeiro que vinha tocando uns boizinhos para vender na vila. E como já ia levantando um solão esparramado, a cera ia derretendo e fazendo cair às moedas. Malasarte, fazendo festas, as apanhava. O boiadeiro acercou-se, curioso, perguntou-lhe o que fazia, e Malasarte explicou:
— Esta árvore é deveras encantada, patrão. As suas frutas são moedas legítimas. Estou colhendo todas, porque vou me bandear pra outra terra e tô pensando em levar a árvore, apesar de todo o trabalho que vai me dar.
— Não me diga isto, sô!
— É o que eu lhe digo, patrão!
— Diacho! Se lhe vai dar tanto trabalho...
E o boiadeiro propôs comprar a árvore encantada. Malasarte, depois de muitas negaças, fechou negócio trocando a árvore pelos boizinhos; em seguida, bateu pé na estrada, vendendo-os na vila por um bom preço.
O boiadeiro mandou alguns de seus peões retirarem, com todo o cuidado, a árvore encantada e a replantou no pomar do seu sítio. Daquele ano até hoje, está esperando ela dar moedas de vinténs.

Uma máquina Incrível

Um renomado cientista alemão inventou uma máquina espetacular. A tal máquina foi inventada para detectar e avisar a policia sobre a existência de ladrões nas proximidades.

Resolveram testar em Berlim. Um sucesso! Em menos de uma hora a máquina acusou mais de 10 suspeitos.

Testaram novamente em New York. Em 30 minutos a máquina acusou a presença de mais de 80 suspeitos.

Um novo teste foi realizado na china. Espetacular! Em menos de 20 minutos a máquina acusou a presença de mais de 2000 suspeitos. 

Em mais um teste realizado na Nigéria. Fantástico! Em menos de quinze minutos a máquina acusou a presença de mais de 5000 suspeitos.

Um último teste ficou de ser realizado no Brasil.

Incrível!
Impressionante!

Em menos de cinco minutos roubaram a máquina.


MALASARTE E AS JOIAS

Viajando sem destino fixo, errante, indiferente aos perigos, Malasarte foi dar na fazenda de um fazendeiro ricaço, que era casado e tinha uma filha. Dormindo ao relento, à beira do caminho e precisando de uns vinténs; Malasarte ofereceu-se para trabalhar na casa, e foi aceito pelo fazendeiro ricaço.
Como era tempo de chuva, o chiqueiro estava um lameiro que só vendo. Foi aí que Malasarte teve uma ideia.
Chegando a noite, campeou os porcos para longe e lhes cortou as caudas. Voltando ao chiqueiro, espetou no lameiro as caudas dos porcos.
De manhã, quando o dono da casa veio ver a porcada, Malasarte lhe apontou o lameiro e disse-lhe que os porcos estavam todos atolados, apenas com os rabos de fora. O fazendeiro, desesperado, mandou Malasarte ir correndo ao celeiro buscar duas enxadas para ver se conseguiriam desenterrar os porcos.
Pedro Malasarte foi às carreiras; lá chegando, viu a dona e a filha colhendo laranjas no pomar e lhes disse:
— O patrão mandou as senhoras me acompanharem.
Elas duvidaram; então Malasarte gritou ao fazendeiro, perguntando:
— As duas, patrão?
— Sim, as duas, pateta! E sem demora!
Então, as senhoras não querendo contrariar o fazendeiro, não puseram mais diferença e acompanharam Pedro que tomou, com elas, outra direção.
Bem longe da fazenda, Malasarte amarrou-as numa árvore, tirou-lhes todas as joias que eram de grande preço, e fugiu com toda a porcada que tinha ocultado ali perto.
Quando o fazendeiro, cansado de esperar pelas enxadas, foi ao seleiro e não encontrou Malasarte, saiu a procurá-lo e acabou achando a mulher e a filha, amarradas a uma árvore e nada de Malasarte.
Quando o fazendeiro voltou ao chiqueiro com a enxada, descobriu que dos porcos só havia os rabinhos, e que ele é que era o verdadeiro pateta.
A muitas léguas dali, Malasarte negociou a porcada com outro fazendeiro. Com o dinheiro, comprou, no vilarejo, um bom jogo de roupas e caiu no mundo, muito do contente.

Policial - Um Ladrão Carente


















Tudo indicava que aquele dia seria um dia como outro qualquer. Ônibus lotado, trânsito lento como sempre. O ônibus parou no ponto e um homem subiu e ficou próximo ao motorista que, neste caso, acumulava também a função de cobrador.
Quando o ônibus passava por uma avenida pouco movimentada o ladrão anunciou o assalto e ordenou que o motorista encostasse o veículo. Todo mundo deveria passar o dinheiro e tudo que havia de valor e ninguém poderia olhar para cara dele não. Com a arma em punho ele foi fazendo à limpa, pegava os celulares, as carteiras e, dependendo da qualidade do artigo, ele não perdoava nem boné e nem tênis.
Quando ele já estava de saída, finalizando o expediente, ele observou que uma senhora estava transportando no colo um pequeno bolo de aniversário:

- È bolo de aniversário dona? Perguntou o bondoso rapaz.
- Sim senhor seu ladrão, é um bolinho de aniversário que eu estou levando para a minha sobrinha.
- A senhora sabe que eu nunca tive um aniversário. Com um ar de carente e desamparado falou o triste rapaz
- Não diga seu ladrão. Eu fico triste por você.
 - Pessoal! Antes de eu ir embora eu quero ver todo mundo cantando um parabéns para mim. Quero ver todo mundo cantando com alegria heim! Tô de Olho em vocês! Disse o entusiasmado rapaz.
Nisso, com muita energia e vibração, todos os passageiros começaram a cantar um “ Parabéns para você” para o senhor larápio.
A senhora que estava segurando o bolo ficou tocada e muito emocionada com a triste história do rapaz que ela resolveu dar o bolo para ele, isso para compensar os aniversários que o meliante nunca teve. Ela era a pessoa mais animada entre todos e, com tamanha empolgação, foi ela quem iniciou o canto:
- "Parabéns prá você nesta data querida..."
No final do canto, para a surpresa de todos, ela toda empolgada emendou:
 - ... É pique! É pique! É pique! É pique! É pique!
Para o seu ladrão nadaaaaa?
O pessoal, muito a contra gosto respondeu:
-Tudooooooooo!
E ela, no final, concluiu a singela homenagem:
- Seu Ladrão! Seu Ladrão! Seu Ladrão! Seu Ladrão!
Viva o seu ladrãooooo!

O ANIVERSÁRIO MALASARTE

Era aniversário de Pedro Malasarte. Ele adorava uma festa, mas estava sem dinheiro para festejar o aniversário. Resolveu então, visitar o primo que tinha muito dinheiro e, certamente, lhe ofereceria alguma coisa, apesar de ser um tanto o-duro. Chegando a fazenda do primo, este o recebeu com muito entusiasmado, não pela visita, mas por economizar assim a viagem a casa do aniversariante. Entraram e o primo foi logo oferecendo:
— Ó, primo Pedro! Tenho aqui uma broa, fresquinha, que sinhá assou. É tanta que vai durar a semana inteira.
— Broa de milho, primo?
— É sim, quer um pedaço?
— Não, primo - agradeceu Malasarte - basta um cafezinho.
— Mas é seu aniversário primo, eu reconheço que sou um pão-duro, mas um pouco de cortesia ao primo o faz mal! Se quiser é só pedir.
Malasarte novamente agradeceu, porém continuou só com o café. Continuaram proseando e, em meio à prosa, o primo lhe diz:
Olha Pedro, ontem mandei matar aquele leitão capado que eu vinha engordando. Temos uma porção de torresmo e toucinho frescos que mandei preparar. Quer um pouco, pois tenho bastante?
o me diga isso! Tem muito mesmo?
— É o que lhe digo! Tenho bastante, quer?
— Nada primo, pode deixar, basta um cafezinho.
Seja dito..., mas quando quiser é só pedir.
Continuaram proseando mais e mais, até que o primo fez nova oferta:
— Pedro, faz tempo que guardo umas garrafas de cachaça. Vamos tomar uns goles para comemorar?
E é dá boa?
— Da melhor.
— Não primo, para mim basta um cafezinho.
— Não se faça de rogado que você tá em casa. Quando ficar com vontade é só pedir.
E assim, o primo de Pedro Malasarte, querendo lhe agradar pela passagem do aniversário e ao mesmo tempo percebendo que Malasarte o estava querendo lhe dar despesa, foi oferecendo um pouco de cada coisa que tinha na despensa. Malasarte ouvia e recusava; contentando-se só com o cafezinho. E continuaram nessa toada até que ouviram uma tímida batida na porta. O primo de Malasarte se levantou, abriu a porta e pegou de espiar; do lado de fora havia uma verdadeira multidão de conhecidos. O primeiro foi logo falando:
Olha, desculpa a intrusão, mas ficamos sabendo que Pedro Malasarte estava por aqui e passamos somente para dar lhe dar os parabéns.
Desconfiado, mas sem ter como recusar, o primo convidou a todos para entrar, mas foi logo avisando:
— Meus amigos! Gostaria de lhes oferecer alguma coisa, porém... quase nada tenho na despensa...
Malasarte, deixando de lado o cafezinho e interrompendo o primo, falou:
— Primo, sabe aquele torresmo, aquele toucinho, aquela broa, a cachaça, a suco de laranja, a rosca, a linguiça, e tudo mais que você me ofereceu? Agora eu até quero um pouquinho, que já me cansei desse cafezinho que tomava pra modo de esperar o pessoal chegar...
Vosmecê calcule: o primo ficou aturdido, tonteou... parecia inté que estava para dar a alma a Deus; entretanto, uma vez que o oferecido estava em vigor, acabou bancando toda a festa. Pois foi assim que Pedro Malasarte teve a sua festaa.

Férias - Final de Ano Agitado



















Não se sabe bem o porquê mas boa parte das pessoas gostam de passar o ano novo lá na praia.
Com eles o velho costume não era diferente. Naquele ano combinaram de passar a virada de ano lá na praia, eles combinaram de sair no dia 31 de dezembro logo cedinho.

Todos se reuniram no lugar combinado e sabe como é, sempre tem aquele atrasadinho e também sempre fica faltando alguma coisa para comprar de última hora. Por causa disso eles sairam bem mais tarde do que eles haviam combinado.

O sol maravilhoso, o vento na cara, a esperança de um ano novo espetacular, nova vida, nova esperança e,...Velho trânsito e velhos problemas. Ao chegarem próximo ao pedágio eles tiveram a triste confirmação de que a cidade de São Paulo inteirinha tinha tido a mesma ideia que eles.

Como ficar nervoso e estressado não era solução para nada, eles procuraram relaxar, mas tava muito difícil relaxar com uma turma daquela ali ao lado. Era cada música deságradável, aquele tipo de música que dá vontade de correr, o pessoal enchendo a cara, tirando sarro de todo mundo, era uma turma da pesada mesmo.

O tempo foi passando e eles ali parados sem poder ir a lugar nenhum e já estavam ficando bem nervosos com a presença daquela gente desagradável que estava bem do lado deles.

O trânsito melhorou e aos poucos eles puderam seguir pra um descanso merecido, tomar um banho, dar uma relaxada e quem sabe até dar um passeio na praia, ia ser só alegria.

Chegaram a pousada, acertaram tudo a respeito da hospedagem, que já havia sido reservada com antecedência, e depois foram desfazer as malas.
Instantes mais tarde eles ouviram alguma coisa que causou um certo pânico neles.

- Será? Pensou um dos rapazes.

- Não acredito? Disse a tia.

- É muita zica mesmo! Disse uma das garotas...

Para o desespero da turma quem é que estava entrando na pousada para ficar ali bem juntinho com eles?

Isso mesmo! A turminha mais legal do mundo, era a mesma galera que estava fazendo a maior farra lá no pedágio.

O JUIZ E A CARTOLA


O JUIZ E A CARTOLA
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Histórias de Pedro Malasarte

A noite já ia alta e Pedro Malasarte, sem nenhum vintém, procurava um bom lugar para dormir, quando aconteceu dele passar frente à casa de um juiz. Bateu a porta e pediu pousada, dando o nome de tal doutor fulano, que estava de passagem por aquelas terras.
O juiz costumava a chegar tarde, pois ficava até a meia-noite jogando truco com seu compadre e amigos. Vai então que o filho do juiz, na sua simplicidade, mandou entrar o hóspede e, depois de Malasarte comer até se fartar, deu-lhe pousada, no quarto onde o juiz costumava se vestir.
Quando o juiz chegou a casa, o filho lhe contou o que ocorrera e o magistrado ficou muito satisfeito com a hospedagem. Nem por sombras podia imaginar o que ia suceder.
Lá pela madrugada, quase amanhecendo, Malasarte começou a sentir umas coisas na barriga... Procurou o vaso e, não o encontrando, abriu a janela... Mas lá fora havia uma cachorrada, que pegou a latir e foi um barulho de latidos do inferno.
Malasarte estava suando frio. Mas, nisto, avistou na prateleira uma caixa. Abriu; dentro havia uma cartola de feltro. Estava salvo! Tirou a cartola e, fez nela... Bem, vocês já sabem. Depois pôs outra vez, com muito cuidado, a cartola na caixa e, esta, no lugar onde estava.
Nesse tempo, a manhã já rompia e Malasarte quando ouviu o tropel dos criados na casa, tratou de cair fora. Quando vieram chamá-lo para o café, não o encontraram mais.
Na hora do almoço, o Juiz saiu do quarto e foi para o cômodo em que costumava se vestir. Era dia júri. Vestiu a sobrecasaca, e, distraído, tirou da caixa a cartola e num só golpe a enterrou na cabeça. Não deu outra coisa, o Juiz ficou com a cara... digamos, enlameada. Além disso, sentiu um cheiro que quase o sufocou. Começou então a gritar. A família veio em seu socorro, achando que alguma desgraça tinha acontecido.
Ao vê-lo naquele estado, o filho foi buscar um balde de água, a filha sabonete de cheiro e a mulher um frasco de perfume. O Juiz bufava de raiva. Mas Pedro Malasarte já estava longe.

Histórias de Pedro Malasarte


MALASARTE E SEU AMIGO ZECA
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Histórias de Pedro Malasarte

Havia, na vila onde Malasarte arranchou-se por uns tempos, uma casa de reputação duvidosa, muito popular, comandada por certa senhora muito jeitosa conhecida por Dona Iolanda. Malasarte, como todo homem daquela cidade, aproveitava as noites para visitá-la e tomar alguns tragos de cachaça, enquanto esperava uma das "meninas folgarem"; pois a fila era sempre longa.
Estava na época da quaresma e a visita a Dona Iolanda virava grande pecado. De modo que os frequentadores da casa iam aos montes se confessar. Meses antes, o velho padre Loureiro havia entregado a alma a Deus, e mandaram um vigário jovem, moralista e determinado a penitenciar severamente os pecadores da vila. Diante disso, alguns dos homens mais prevenidos, deram um jeito de adoecer.  Malasarte não se importou muito com isso e se foi para a igreja confessar, pois quem deve a Deus paga ao diabo.
Na entrada encontrou o amigo Zeca Abreu, de companhia com a noiva Adelaide.
— Uai, sô! Vai se confessar Pedro?
— Vou sim, respondeu Malasarte muito cheio de si, e você?
Ixe! Num tenho pecado não – respondeu Zeca Abreu, olhado para o céu, como esperando que de lá caísse um raio, e como, por fim, ele não veio, completou - para mim basta minha linda Adelaide.
Não me diga! – disse Malasarte, vendo que o amigo caçava um jeito de não ter de se acertar com a Adelaide.
Dito isso, entrou na igreja. Mas minutos depois saiu com duas velas penitência na mão, uma de um metro meio e outra de meio metro.
— Ora essa, Pedro! Não é possível que sua confissão tenha durado tão pouco – disse o amigo.
— Pois não é, Zeca Abreu? Eu trouxe aqui essas duas velas por ordem do Padre...
— E o que é que tem as duas velas? – perguntou Adelaide, cheia de inocência.
Malasarte apontou para seu Italívio, que saia da igreja segurando uma vela fina com quatro palmos de altura, murmurando uma mistura de Pai Nosso com Credo e Cruz.
— Vê seu Italívio? Falou para o padre que foi ontem na casa da Senhorita Iolanda e conversou com ela.
— E daí? – perguntou o amigo.
— Eu também contei que fui lá ontem e dei um beijo na Iolanda.
— E daí? – questiona Adelaide.
— E daí que esta vela é para mim; como sou muito amigo de seu noivo, peguei com o padre a dele – disse acendendo a vela de meio metro e passando a de um metro e meio para o amigo Zeca Abreu.

COMO MALASARTE COZINHA SEM FOGO


COMO MALASARTE COZINHA SEM FOGO
Aí vai uma história de Pedro Malasarte; história tão certa como ela se passou, que nem contada em letra de forma, ou pregada de púlpito, seria tão verdadeira.
Chegando, certa vez, Pedro Malasarte à cidade, logo se meteu em divertimentos e gastou todo o dinheiro. Mas antes que ficasse de todo limpo comprou uma panelinha de ferro, com três pés para apoiar sobre o fogo, uma matula e seguiu viagem.
Já era por umas onze da manhã, quando avistou um rancho desocupado. Apertado de fome, resolveu descansar ali. Fez fogo, pôs a panela de três pés com a matula a aquecer.
Mal acabara de aquecer a matula, vem chegando uns tropeiros. Pedro Malasarte mais que depressa pôs um monte de terra sobre o fogo, de modo que não ficou um graveto a vista, e ficou muito quieto diante da panelinha que fumegava.
Os tropeiros vendo aquilo ficaram muito espantados e perguntaram:
— Que moda é essa, caboclo, de cozinhar sem fogo?
Pedro respondeu logo:
— Isto não é para todos. Pois não vêem que minha panela é mágica?
— Então, ela cozinha sem fogo?
— É como estão vendo, e a qualquer hora. Mas como o médico me disse que estou por poucos dias e precisando de dinheiro para encomendar o corpo, posso negociá-la.
Os tropeiros viram na panela um verdadeiro achado; provaram da comida e acharam tudo muito bom.
Compraram a panela, pagando por ela o preço que Pedro Malasarte lhes pediu.
Vinha caindo à noite, quando os tropeiros foram cozinhar sem fogo e deram com a trapaça de Malasarte, que já tinha sumido nesse mundo de Deus.
Pois foi assim que aconteceu e já lá vão quarenta e cinco anos ou talvez cinqüenta, que nisto de contagem de anos não sou nenhum sábio da Grécia. ®Sérgio.

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

No réveillon

No réveillon, o cidadão se embriaga, dorme no chão da praia e tem o relógio roubado. No dia seguinte, ao andar pela rua, vê um cara usando seu relógio. Aproxima-se dele e diz.
- Ei, cara este relógio é meu!
- Que seu que nada - responde o marginal -,
esse relógio eu tomei de um bebâdo que eu comi ontem lá na praia.
- Têm razão, não é meu! Mas que parece, parece!